segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Somente Vermelhos

Vermelho Intenso / Macho

Vermelho Nevado / Fêmea

Vermelho Nevado / Macho

Vermelho Intenso / Fêmea

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Anilhamento de Canários

 O sistema mais prático e seguro para identificar as aves é o anilhamento. As anilhas são pequenos anéis invioláveis de alumínio que são colocados nas pernas dos filhotes a partir do 5º dia de vida, levando-se em conta o seu desenvolvimento. Na anilha estão gravadas as siglas da Federação e da Sociedade que a emitiu, o ano do nascimento do pássaro, o número de ordem e o número do criador. Essa anilha é a identidade do pássaro, pois não sairá mais da sua perna. Os pássaros precisam da anilha para participar de Exposições e Concursos Oficiais. A colocação é um processo delicado e às vezes difícil. Deve ser feito sobre uma mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é provável que eles defequem.


1- Para anilhar, pega-se o filhote com a mão esquerda e a anilha com a mão direita.

2- Passa-se a anilha pelos três dedos anteriores, deslocando-a pelo dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna.

3- Em seguida, liberta-se o dedo posterior. Essa operação pode ser facilitada com o uso de vaselina e a ajuda de um palito ou outro lubrificante neutro.

4- Em seguida, liberta-se o dedo posterior. Essa operação pode ser facilitada com o uso de vaselina e a ajuda de um palito ou outro lubrificante neutro.
As fotos foram retiradas do site www.apdcanari.com

domingo, 2 de outubro de 2011

LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE AVIÁRIOS

José Carlos Benites
Revista ARCC Junho – 2001
Arquivo editado em 07/09/2001


A criação de aves em ambientes confinados propicia o crescimento, propagação de microorganismos e parasitas que são prejudiciais à saúde destas e até das pessoas que as manuseiam. Por isso, alguns cuidados básicos devem ser tomados para evitar que estes agentes venham a contaminar e se desenvolver nos aviários.

O importante é entender que nenhum programa de limpeza e desinfecção não pode substituir um bom manejo no aviário. A adoção de medidas como quarentena para novos pássaros, prevenção de contaminação transversal entre gaiolas e a utilização de fontes de alimentação e água de boa qualidade, são de fundamental importância para o sucesso na prevenção de doenças e contaminação por parasitas.

A utilização de desinfetantes e produtos para controlar parasitas das aves, deve ser feita com muito controle e somente quando for extremamente necessário, pois estes produtos são tóxicos para as aves, para o homem e podem causar resistência dos microorganismos (bactérias) e parasitas (ácaros), ao seu princípio ativo, perdendo sua eficiência.

A limpeza contínua é de extrema importância para evitar a infestação do aviário por agentes patogênicos e parasitas que infectam as aves. Os resíduos de alimentos como cascas de sementes e restos úmidos de farinhada que ficam de um dia para o outro, fezes, penugens, etc devem ser retirados diariamente, pois podem servir de substrato para o crescimento para tais organismos. Também deve ser feito um programa para limpeza e desinfecção das paredes, comedouros, bebedouros, poleiros e gaiolas. As pessoas que fazem o manejo, devem usar roupas e sapatos limpos, lavar bem as mãos e utensílios.

Quando for necessário a utilização de desinfetantes, esta deve ser feita, seguindo as recomendações do fabricante (diluição e tempo de contato com o material), limpeza prévia das superfícies a serem desinfetadas. Também deve ser observado o grau de toxidade do produto utilizado para maior segurança dos animais e do homem.

Existem vários tipos de desinfetantes no mercado, com diferentes princípios ativos, como o cloro, Glutaraldeído, amônia quaternária entre outros. A recomendação de cada uma destas substâncias pode ser feita de acordo com as condições do aviário e segurança no manuseio.

Uma boa desinfecção é o resultado de um bom trabalho físico (limpeza de toda a matéria orgânica) e do desinfetante; por isto, a desinfecção deve ser feita quando o criador estiver completamente limpo, uma vez que os desinfetantes tornam-se ineficazes na presença de matéria orgânica.

A seleção de um desinfetante depende da classe de enfermidades de maior incidência na região em determinada época, e das indicações sobre seu uso. É conveniente fazer-se rodízio periódico de desinfetantes.

Os desinfetantes tem melhor atuação a temperatura de 18 a 21 C, devendo-se seguir as indicações e as regras de segurança.

Os compostos de Amônia Quaternária apresentam como vantagens: são atóxicos, estáveis, não-corrosivos, podem ser aplicados na presença das aves e tem boa ação sobre bactérias gram-positivas. Entretanto, pequena ação em pH ácido, inativam-se (em parte) em presença de matéria orgânica, possuem pequena ação sobre bactéria gram negativas e são neutralizados pelos detergentes aniônicos (sabões), por este motivo indica-se o uso deste associado com Glutaraldeído, que facilmente encontra-se no mercado já associado com diversos nomes fantasias.
1- Escolher um desinfetante que contenha Amônia quaternária associado com outro desinfetante, e atualmente temos no mercado várias opções como: Amoxes, Salvex, etc.

2- Fazer uma boa limpeza de toda a matéria orgânica, usando produtos de limpeza com cloro ativo.

3- Após o ambiente estar limpo e seco, fazer três pulverizações em dias alternados, utilizando sempre os mesmos horários, este preferencialmente deve ser no período da manhã em dias secos.

4- Devemos repetir a cada seis meses o mesmo procedimento, alterando apenas o princípio ativo do desinfetante.

sábado, 1 de outubro de 2011

Própolis

Antibiótico natural isento de efeitos colaterais.

No número de março de 2002 de Itália Ornitológica no artigo “Os fármacos como preventivos”, tínhamos feito alusăo a algumas afirmaçőes de médicos pesquisadores, nacionais e internacionais, sobre os efeitos colaterais dos fármacos. Enfatizava-se o conceito segundo o qual antes de se empregar um fármaco é necessário avaliar, caso por caso, se săo maiores os riscos que se correm ou os benefícios desejados.

Da Fitoterapia (medicina natural) aprendemos que existe na natureza uma resina que reveste os frutos de algumas plantas como o pinheiro, o salgueiro, o olmo, a cerejeira e tantas outras que as abelhas recolhem e elaboram com as enzimas de suas secreçőes a assim chamada Própolis, um antibiótico natural com múltiplas funçőes. As propriedades terapęuticas da própolis foram descobertas em tempos remotos e foram os egípcios quem utilizaram esta substância para os cuidados do aparelho respiratório, para os estados gripais para as infecçőes da pele, para a cicatrizaçăo das feridas, e para outras afecçőes de natureza variada. Num primeiro momento, os efeitos benéficos foram empiricamente demonstrados, até que, recentemente, alguns pesquisadores no campo da Fitoterapia, entre eles o francęs Pierre Lavic (1960) descobriu neste antigo fármaco os seus numerosos componentes (veja a composiçăo) que detalhadamente confirmaram suas propriedades terapęuticas descobertas há cerca de 40.000 anos.

Composiçăo química da própolis:

50 % resinas e bálsamos: ácidos urânicos, ácidos aromáticos, etc

30 % gorduras e vitaminas: ácidos graxos, óleos essenciais, vitaminas B, C e E;

10 % de polifenóis: flavonóides (Galangina);

5 % pólen;

5 % sais minerais: cálcio, cobre, ferro, bário, crômio, etc.

Parece que săo os ácidos orgânicos e os polifenóis, contidos na própolis, que desenvolvem, principalmente, uma dupla açăo antibacteriana – bacteriostática e bactericida – significando que, respectivamente, tanto impede a multiplicaçăo das bactérias como as mata.

A própolis, além da propriedade antibacteriana, tem uma outra propriedade que para nós criadores é de extrema importância. É um antimicótico. Agem sobretudo, contra a Cândida e Micrósporo, graças a presença dos polifenóis que bloqueiam o crescimento dos fungos. E săo as próprias abelhas que, segundo um instinto natural, reconhecem na própolis esta funçăo e a utilizam para revestir as paredes onde a abelha-rainha pőe os seus ovos, como defesa dos ataques de fungos e bactérias. Desenvolve uma açăo imuno-estimulante. Esta açăo faz crescer a resistęncia do organismo graças ao efeito dos flavonóides (galangina) e da vitamina C que estimulam a síntese dos anticorpos e potencializam o sistema imunológico contra os agentes patogęnicos. Segundo as afirmaçőes de renomados fitoterapeutas, a própolis năo tem efeitos colaterais e pode ser utilizada também por longos períodos e em doses mais elevadas.

Devido as suas múltiplas ações e por ser um antibiótico natural de amplo espectro, a própolis pode ser usada na ornitologia, sobretudo, para a prevençăo daquelas formas bactérias intestinais que no período de incubaçăo prejudicam os filhotes até o nascimento. Pode ser usada, também, nas doenças das vias respiratórias, nas dermatites das patas que freqüentemente provocam inflamaçăo e rubor devidos, principalmente, aos erros alimentares, picadas de insetos e falta de higiene.

Para as nossas necessidades podemos utilizar a própolis que aparece no comércio na forma de soluçăo (gotas), encontrada em farmácias (naquelas onde se encontram produtos fitoterápicos) ou em lojas que vendem ervas e produtos naturais.

Posologia (experimental) para as doenças intestinais e respiratórias:

20 gotas em cada litro de água de beber no período de preparaçăo as incubaçőes por 15 dias consecutivos. A mesma dose durante 7 dias consecutivos após o nascimento dos filhotes;

30 gotas por litro de água de beber durante um período de 20 dias, no momento em que uma infecçăo for manifestada. É prudente neste caso intervir aos primeiros sintomas. Suspender durante 10 dias e repetir a administraçăo por mais 10 dias; para as demais doenças cutâneas, algumas gotas duas vezes ao dia sobre as áreas afetadas.

A própolis pode ser utilizada, também, junto com outros antibióticos sintéticos. Para os amigos criadores que, segundo uma convicçăo própria, năo pretendem renunciar aos antibióticos tradicionais, mencionamos, em resumo, tudo quanto tem sido relatado pelos estudiosos qualificados no campo da fitoterapia, isto é: a ingestăo da própolis pode ser feita também simultaneamente ao antibiótico alopático. Terminada a utilizaçăo deste, é conveniente prosseguir 10 dias com a própolis. Esta precauçăo tem o objetivo de minimizar a queda das defesas imunológicas provocadas pelo antibiótico sintético, reduçăo esta que origina a reincidęncia da doença.


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